25 de agosto de 2011






(...) “E a gente vai se olhar e rir de todo esse dramalhão, vou te chamar de bobo, você vai me chamar de besta e amanhã de manhã um outro sol, não mais tão quente e nem tão brilhoso quanto antes, vai nos convidar pra passear enroscados na calçada da mesma ruazinha apertada e sem graça de sempre, como sempre foi. E as pessoas vão perguntar se você voltou. E você vai dizer que nem foi.
Eles parecem mesmo presos, mas presos por aquele tipo birrento e obstinado de nó, o nó invisível. Eles também brigam, batem portas e saem por aí. Mas voltam rindo da cara um do outro, se aninham e dizem coisas como ‘não consigo ficar braba contigo.
Para os outros parece tão fácil. Já eu, me canso só de pensar em não ter você, ou estar com alguém diferente. Sim, de um jeito estranho e animalesco, como um macaco se comunicando através de gestos selvagens, mas que cansou de pular de galho em galho com medo de não haver tantos galhos assim, só estou aqui tentando dizer que te amo.”


Gabito Nunes

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